Você está aí
sozinho.
Devora um saco de
batatinha frita enquanto espera o telefone tocar.
Bem que poderia ser
hoje, um amor novinho em folha!
Trrrimmm! É a sua mãe,
quem mais poderia ser?
Amor nenhum faz chamada
por telepatia.
Amor
não atende com hora marcada.
Ele
pode chegar antes e encontrar você numa fase galinha,
nem
aí para relacionamentos.
Pode
chegar tarde demais e ver você desiludido com a vida, desconfiado.
Por
que ele nunca chega na hora certa?
Agora,
por exemplo, você está de banho tomado,
empregado
e com dinheiro para ir ao cinema!
E
justo agora está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O
amor aparece quando se menos imagina.
Você
passa a festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga e
mal
repara
no outro alguém que só tem olhos para você.
O
amor é que nem tesourinha de unhas.
Nunca
está onde a gente pensa.
O
amor pode estar num corredor de supermercado, numa fila de banco,
ou
numa livraria, ao seu lado, num carro parado ali no trânsito.
O
amor está em todos os lugares.
Você
é que não procura direito.
Então,
a primeira lição está dada: o amor é onipresente.
A
segunda é mais imprevisível: não espere ouvir eu te amo num jantar
à luz de velas.
Amor
não gosta de clichês.
É
bem possível que aquele “eu te amo” aconteça numa terça-feira,
à tarde, depois de uma discussão.
Idealizar
é sofrer. Amar é surpreender.
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